segunda-feira, 16 de maio de 2011

REVIRANDO O BAÚ


   
Ao chegar em casa, após a aula presencial, liguei a televisão, em exibição estava um episódio de “DIVÔ, o interessante é que o tema deste episódio era, o reencontro da turma de formandos de 19..., no qual as pessoas se esforçavam para lembrar dos colegas, era um programa de humor, porém, através dele me deparei com a atividade da semana.
Um museu de memórias!? Parar para rever ou reviver mesmo que só na mente momentos marcantes, é bem interessante porém quando “reviramos o baú” não surgem somente boas lembranças, mas também lembranças que nunca queríamos ter vivido.
A alegria de uma amizade, a dor da perda, um filme que nos fez chorar, uma história que nos fez sorrir, um passeio uma música, tudo o que nos permita contar um pouco de nossa história.
Lembro-me das manhãs frias, enroladas em meu cobertor, assistindo televisão, no início, era o "Balão mágico", minha mãe conta que aos dois anos, eu já sabia cantarolar todas as músicas.
 

Tempos depois começou o "Xou da Xuxa", recordo que minha mãe tinha uma bota branca e que acabei por destruir o salto descendo as escadas de minha casa imitando a Xuxa descendo de sua nave. E suas Paquitas que gravaram disco de vinil, claro, minhas irmãs me deram de aniversário.







   

  Gostava de assistir aos "ursinhos carinhosos" com sua descida pelo arco-íris e sua vida nas nuvens, Tom e Jerry com suas caçadas malucas. que me lembram minhas brigas com minha irmã menor que surgiam até pelo canal a ser visto e as "Tartarugas Ninjas” que preenchiam as manhãs.







      Creio que um filme marcante foi o E.T. que não se emocionou com este pequenino perdido em nosso planeta.










      Houve a fase "chiquititas" que toda a menina de minha idade contava os minutos para ver a Mili, a Pata, o Mosca e a adorável professora Carol.
      Algo que não sai de minha mente é a propaganda da parmalat com todas aquelas crianças e seu jingle.
Jingle:
O Elefante é fã de Parmalat
O Porco Cor-de-Rosa e o Macaco também são
O Panda e a Vaquinha só querem Parmalat
Assim como a Foquinha, o Ursinho e o Leão
O Gato mia, o Cachorrinho late
O Rinoceronte só quer Leite Parmalat
Mantenha o seu filhote forte, vamo lá!
Trate seus bichinhos com amor e Parmalat

Tomou?

     
  Já a novela que mais me marcou depois de Malhação foi a Vamp creio que por incentivo dela goste tanto de Crepúsculo.

A televisão influenciou muito minha geração, na minha infância, em alguns momentos servia para entreter já em outros para não perceber os acontecimentos ao redor.
Fui, confesso, uma criança muito mimada por todos de minha família e como toda a criança tive minhas manhas e mal criações, mesmo com todos os mimos amadureci muito cedo e isto me fez ver o mundo com outros olhos. Lembro-me de como aconteceu esse tombo de realidade, eu com aproximadamente seis anos senti a primeira perda de minha vida meu vizinho com cerca de 30 anos, que para mim na época era o homem mais lindo do mundo, veio a falecer, minha mãe por me achar pequena de mais para ir a um velório, deixou-me em casa assistindo televisão, eu mal conseguia imaginar o que havia ocorrido, pois nunca havia passado por isso antes, mas quando minha mãe sentou e me explicou, parece que meu mundo havia acabado, não conseguia entender, porque o Papai do céu o levou lá pra cima, ele já não tinha estrelas suficientes.
Mas no primeiro domingo após o enterro e com muita insistência minha mãe me levou ao cemitério para ver onde ele estava, aquele lugar triste e sombrio guardava apessoa mais linda do mundo era impossível e compreender que nunca mais eu iria vê-lo era mesmo difícil.
Após isto lembro que fiquei mais introvertida e pensativa mas como dizem "nada melhor que o tempo para apagar as feridas do coração". Creio que após esta perda a que mais marcou foi a de minha avó paterna a "vó cici" que era meu tudo, minha amiga, companheira, meu colo no fim de tarde meu mundo mas nesta a compreensão já existia.
Na fase escolar, tive que me adaptar a outra realidade a de que as necessidades formam as personalidades, por ser gordinha passei a ser extrovertida, a amiga a confidente e a casa escolhida para os trabalhos em grupo só para aproveitarem os lanches que minha mãe fazia. Ainda a poucos dias encontrei um colega que perguntou pelos bolos de minha mãe.
Após algum tempo já havia superado o problema e o sobrepeso não foi empecilho em minha vida escolar talvez por ter sempre uma resposta na ponta da língua o bulling não me afetou e creio que por isso continuo gordinha até hoje.
Já no magistério era pura diversão não só a viagem para a escola em que eu e mais duas colegas atravessávamos a metade da cidade a pé, conversando com todos que passavam, mas também pelos trabalhos em grupo que acabava sempre em mico pra alguém, normalmente pra mim, como foi na feira do livro de 2003, virei uma palhaça. 
 Já no Coral Cândida viajavamos por todo o estado mas a viagem que mais me marcou foi a Gramado tivemos lá várias vezes, era cansativo e divertido, por um chocolate até subia as escadarias do Parque do Caracol.
Nem só de bons momentos é feita nossa lembrança, mas de tudo o que nos faça crescer e aprender, e assim seguimos adicionando conhecimento em nossa vida e marcando outras vidas.
Vejo que este curso é somente mais uma etapa a ser percorrida para o nosso crescimento, pois ele é somente a porta de entrada de várias metas e objetivos que iremos almejar no seu decorrer, ele nos faz defrontarmos com nos mesmos, nossa personalidade, nossa infância e nossa posição perante o mundo. Assim percebemos que estamos em constante adaptação não só com tecnologias mas com nosso potencial de aprendizagem.
 
Imagens de arquivo pessoal e do site www.infantv.com.br



      

2 comentários:

  1. Pri, ótimo o teu museu, fala do fofão, adoravá o fofão eu tinha até um boneco dele.Parabéns está lindo, amei você estragar bota branca da sua mãe para imitar xuxa descendo da nave,hehehe.
    Beijos

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  2. Adorei seu blog, em especial essa chuvinha de estrelas que o mouse espalha. Parabéns e muita sorte. Sandra Müller.

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